A SEPULTURA
Como a orquídea de arminho quando nasce,
Sobre a lama ascorosa refulgindo,
A brancura das pétalas abrindo,
Como se a neve alvíssima a orvalhasse;
Qual essa flor fragrante, como a face
Dum querubim angélico sorrindo,
Do monturo Pestífero emergindo,
Luz que sobre negrumes se avistasse;
Assim também do túmulo asqueroso,
Evola-se a essência luminosa
Da alma que busca o céu maravilhoso;
E como o lodo é o berço vil de flores,
A sepultura fria e tenebrosa
É o berço de almas – senda de esplendores.
Cruz e Souza
Do livro Parnaso de Além-Túmulo.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
abçs, de paz!
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