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sábado

Perseverai no bem e não vacileis

Unidos seremos resistência, fragmentados seremos vencidos em nossos objetivos essenciais. Temos o direito de discrepar, de pensar de maneira diversa e o dever de discutir, de expor, mas não de dissentir.
Filhos e filhas do coração, guarde-nos na sua paz o Mestre incomparável.

Os ciclos da evolução sucedem-se invariavelmente obedecendo à planificação superior. Períodos de ascendência evolutiva caracterizados pelo conhecimento, períodos outros de maturidade para fixação dos postulados apreendidos. É inevitável que vivamos as crises existenciais decorrentes da situação moral em que se encontra o nosso planeta.

Reencarnastes-vos para contribuir com o momento da mudança de paradigmas do planeta de provas e de expiações para o mundo de regeneração. Assumistes o compromisso de divulgar Jesus Cristo conforme as lições insuperáveis do seu Evangelho.

A ciência e a tecnologia, a partir do século XVII, vêm realizando mister para o qual foram criadas pela Divindade esses paradigmas, mas o amor, experiência nova no mapa evolutivo das criaturas terrestres, não pode acompanhar esse desenvolvimento fascinante que, de um lado, proporciona comodidade, diminuição de aflições, facilidades no intercâmbio, aproximação dos sentimentos na construção do bem, mas sob outro aspecto, utilizados por mentes enfermas e corações aturdidos, têm sido os instrumentos da degradação das massas, da apropriação indébita das consciências, da vulgarização das propostas nobres do bem.

Alucinam-se aqueles que desejam controlar as inteligências humanas e proclamam o niilismo, assumindo a responsabilidade grave de diluir a fé nas almas já enfraquecidas, contribuindo para que se estabeleça o caos, através da perda de valores morais e de sentimentos de engrandecimento da alma. É necessário vigiar para depois orar em tranquilidade ante os recursos que se intrometem com objetivos nefandos na sementeira luminosa do conhecimento.

Olhamos uma sociedade que se degrada na luta infeliz do egocentrismo, do individualismo, da consumpção dos valores herdados da divina Providência e, não poucas vezes, a dúvida interroga as mentes mais saudáveis, “quando a sociedade será melhor?”, porque a grande mídia prefere a divulgação daquelas condições canhestras, exageradamente perniciosas, como as que devem ser vivenciadas pelas massas. Surgem comportamentos esdrúxulos, atitudes que chocam, e lentamente o desencanto e o medo passam a residir nos sentimentos antes audazes com a deserção de muitos lutadores empenhados na construção do reino de Deus.

Não temais o mal, nem os maus. As suas artimanhas têm a durabilidade da sua própria facécia, logo desaparecem assim que são arrebatados pelo túmulo os idealistas que despertam no Além com a consciência atormentada e o coração estiolado.

Perseverai no bem.

Unidos seremos resistência, fragmentados seremos vencidos em nossos objetivos essenciais. Temos o direito de discrepar, de pensar de maneira diversa e o dever de discutir, de expor, mas não de dissentir. Evocando o encontro de Jerusalém, quando as duas figuras exponenciais do Evangelho de Jesus, Pedro e Paulo, enfrentaram-se para debater paradigmas de alta relevância na divulgação do Evangelho límpido e cristalino que Jesus trouxe para todos, sem privilégios nem preconceitos, relembramos que foi o amor que venceu as opiniões divergentes e que em lágrimas fez que o primeiro concílio dos cristãos se transformasse na pedra angular da divulgação da verdade, depois que o Mestre retornou aos páramos divinos.

Mantende-vos coesos com a Codificação Espírita, que um dia influenciará o comportamento da sociedade terrestre. O Espiritismo não é uma filosofia para determinado número de criaturas, é uma mensagem de vida eterna para todos os seres humanos. E, ante a interrogação dos desafios que parecem apresentar uma humanidade em decadência, ponde a certeza de que a Barca terrestre continua sob o comando do nauta Jesus, e na sua marcha inexorável irá aportar no país da regeneração.

Dai-vos as mãos em qualquer circunstância.

Que a sensibilidade exacerbada, nascida na presunção ou nos dispositivos egóicos, não vos constitua impedimento ao trabalho de iluminar consciências.

Existem, filhas e filhos amados, mais relevantes ações do bem do que degradação e decadência. Sucede que o erro e o vício trombeteiam as suas ações, enquanto a virtude discreta e silenciosa aproveita das noites sem estrelas para se tornarem as lâmpadas divinas guiando para o momento supremo da libertação.

Sabemos das vossas lutas, dos vossos testemunhos silenciosos, das lágrimas vertidas ante o que desejais realizar e o que lograis fazer. Não poucas vezes, com os vossos guias espirituais, enxugamo-vos o pranto e apontamo-vos o rumo no oceano bravio a ser conquistado para serem encontradas as terras da promissão.

Não vacileis!

Utilizai-vos dos sublimes recursos da Doutrina, especialmente as reuniões mediúnicas para, através dessa ponte sublime, que liga um ao outro plano da vida, deslindardes os aranzéis das forças negativas que muitas vezes vos envolvem, disseminando nos sentimentos amarguras e decepções.

Não creiais que aquilo que não lograis seja negativa do Senhor; antes considerai que a dificuldade de agora é a melhor solução para as necessidades vigentes. Amanhã entendereis melhor o que hoje vos constitui incógnita.

Saudamo-vos, filhas e filhos da união, pelos resultados do nosso encontro anual, pela serenidade com que discutistes os temas em pauta.

Agradecemos a Deus a compreensão das necessidades locais, na Pátria do Cruzeiro, neste país continental, que deve restaurar o pensamento de Jesus e enviá-lo para a humanidade.

À Europa e aos Estados Unidos da América do Norte cabem as investigações mais profundas em quase todas as áreas do conhecimento. À nova Sulamérica, marcada pela dor, pelo sofrimento do irmão de África e do indígena ingênuo e nativo, compete o surgimento do bem com a contribuição da Europa e da Ásia, caracterizado pelo sentimento de amor. Seremos a demonstração viva de que a mais pulsante força do universo é o amor, porque Deus é amor, e através desse amor que vige em toda parte e em nós, podemos tolerar-nos e dar-nos as mãos para os objetivos que nos levarão à plenitude.

Exultai, porque o Senhor vigia e os seus embaixadores, os cocriadores do planeta que lhe têm a direção estão alertas e a programação em pauta está sendo executada mesmo que, por enquanto, não seja visível quanto gostaríamos.

Contribuí, pois, filhas e filhos da alma, com a vossa ternura, burilando as imperfeições do período primário da evolução e, transformando-as em sentimentos de entrega em nome da caridade fraternal que, em breve, se expandirá pela Terra toda, sem que haja a diferença dos superdesenvolvidos e dos miseráveis, quando então o lobo feroz estará na mesma fonte sorvendo a água ao lado do cordeiro pacífico.

Nesses dias que se aproximam, e de que fazeis parte, exultai com os corações voltados para Jesus e cantai hosanas.

Tendes o nome escrito no livro do reino dos Céus e esforçai-vos para que seja mantido diante da misericórdia inefável daquele que é o caminho para a verdade, que é o caminho para a vida: nosso Senhor Jesus Cristo!

Os Espíritos-espíritas trabalhadores da Casa de Ismael, mantenedora do lema Deus, Cristo e Caridade, aqui conosco, solicitam-nos para que lhes sejamos a voz pedindo: avante, anônimos seareiros da verdade, e amai até as últimas forças da vossa jornada no planeta abençoado!

Muita paz, filhas e filhos, são os votos do servidor e amigo de sempre,

Bezerra.

(*) Revista pelo autor espiritual.

(Mensagem psicofônica ditada pelo Espírito Bezerra de Menezes ao médium Divaldo Pereira Franco no encerramento da reunião ordinária do Conselho Federativo Nacional, realizada em Brasília, entre os dias 6 e 8 de novembro de 2015.)

Paz e Luz!

quarta-feira

A Viagem do Autoconhecimento

 
Se não fosse a persistência desse grande vulto que é Allan Kardec, o que teria sido de todos nós? De mim, que despertei, realmente, com a leitura do livro dos espíritos, do evangelho consolador, para abraçar o mundo espiritual das grandes verdades que a codificação encerra.
Todo aquele que quiser ser espírita, tem de deixar muito da sua ânsia de ser compreendido.

Não pode ser hipersensível, não pode mergulhar nas susceptibilidades. Tem de ser, realmente,fraterno e compreensivo. Porque todos nós estamos na terra numa grande viagem, vocês encarnados principalmente.

Nessa grande viagem, vocês sofrem as condições exteriores de agressões, de lutas, provas, enfermidades.

Mas vocês estão, também, realizando uma grande viagem interior. Vocês estão conhecendo o caráter, a personalidade, os sentimentos que vocês agasalham dentro da alma e do coração e que só vocês conhecem.

Essa viagem interior, que todos os espíritas devem fazer, que se todas as criaturas a fizessem seria muito bom, é aquela de auto reconhecimento.

Sabemos que estamos caminhando, trazendo muita coisa que podemos deixar pelos caminhos da terra, para que as nossas almas sejam aladas e consigam empreender o grande voo para o cimo da Luz.

Sem essa viagem interior com esses permanentes bloqueios que nós teimamos em fazer, não reconhecendo nossas falhas, nossas dúvidas, nossos conflitos, nossas neuroses, nossos traumas, transferindo sempre para o exterior tudo o que sofremos - nós não conseguiremos obter a nossa libertação.


É preciso, meus filhos, viajarmos dentro de nossa própria alma. Porque na grande viagem reencarnatória, dependendo ou não de vocês, vocês terão lutas e problemas, que, muitas vezes, esse ponto de agressão, de sentimentos inferiores. Mas, dentro do nosso espírito não, somos senhores absolutos do que pensamos, do que queremos, do que realizamos. Por isso, se as nossas chagas interiores, só nos mesmos podemos curá-las.

Que o mestre, que com suas mãos chagadas cura as chagas de nossas mãos, que nem sempre trabalham pelo próximo e que, muitas vezes, se feriram, ferindo semelhantes, que esse mestre possa, com as suas mãos divinas, acalentar a todos nós, na luz do seu infinito, do seu imenso e bondoso amor.

Espírito Dr. Bezerra de Menezes
Psicografia de Shyrlene Campos

quinta-feira

Compreendei e Perdoai


Filhos, a compreensão é a virtude que vos predispõe naturalmente ao perdão.

Compreendei para perdoar.

Não conserveis ressentimentos no coração, sabendo que aquele que vos decepciona é um companheiro vencido pelos seus próprios conflitos.

Não exijais dos outros infalibilidade.

Os amigos que seguem ao vosso lado, qual vos acontece, são espíritos assinalados por muitas limitações, aparentando exteriormente o que ainda não são.

Compadecei-vos das mazelas alheias, não sobrecarregando os ombros daqueles que avançam, mal se agüentando ao peso da cruz.

Não condicioneis a vossa conduta no bem à conduta de quem quer que seja; que a vossa fé não dependa da demonstração de fé dos que vos inspiram na jornada...

Somente em Jesus Cristo devereis vos encorajar na luta.

Os irmãos de crença espírita, principalmente os que se encontram servindo na mediunidade e os que ocupam posições de liderança, são, afinal, espíritos comprometidos com o passado: nenhum deles se encontra imune ao assédio das trevas.

Não raro, o personalismo e a vaidade apenas ocultam nas almas uma estamenha de chagas...

Os que intentam brilhar para o mundo estão longe de possuir luz própria.

A rigor, muitos de nós outros não estamos ainda sequer preparados para uma maior proximidade com o Cristo - a possibilidade de semelhante convivência mais estreita nos levaria ao delírio.

Quem, há séculos, se habituou nas sombras, só gradativamente se acostuma à claridade.

O homem sem maior entendimento do Evangelho transfere a sua ambição concernente às coisas materiais para as coisas divinas.

Os apóstolos não chegaram a disputar entre si a primazia de estarem, no Reino Celeste, ao lado do Senhor?

Assim, tomai vós mesmos a iniciativa da exemplificação e da coragem de vivenciar, de forma irrepreensível, a crença que abraçastes.


*Bezerra de Menezes* 

Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti


Nome: Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti. 
Natural: Riacho do Sangue - CE 
Nascimento: 29 de agosto de 1831 
Desencarne: 11de abril de 1900 
Profissão: Médico, Redator e político (vereador, prefeito, deputado e senador)

 Família: 
1ª esposa - Maria Cândida de Lacerda (desencarnou em 24 de março de 1863, com quem teve dois filhos)

2ª esposa - Cândida Augusta de Lacerda Machado (com quem teve sete filhos).

Obras literárias: 
A casa assombrada; A loucura sob novo prisma; A Doutrina Espírita como filosofia teogônica (Uma carta de Bezerra de Menezes); Casamento e mortalha; Pérola Negra; Evangelho do Futuro. 

Também traduziu o livro Obras Póstumas de Allan Kardec.

Descendente de família antiga no Ceará ligada à política e ao militarismo, foi educado segundo padrões rígidos e princípios da religião católica. Aos sete anos de idade entrou para a escola pública da Vila Frade, aprendendo os primeiros passos da educação elementar. Em 1842 sua família muda-se para o Rio Grande do Norte, em conseqüência de perseguição política. Matriculou-se na aula pública de latinidade na antiga vila de Maioridade. Em dois anos preparou-se naquela língua de modo a substituir o professor.

Em 1846, a família novamente se muda para o Ceará, fixando residência na capital. Entrou para o Liceu, ali existente, e completou seus estudos preparatórios como o primeiro aluno do Liceu. No ano de 1851, o mesmo da morte de seu pai, mudou-se para o Rio de Janeiro, ingressando no ano seguinte, como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Para poder estudar, dava aulas de Filosofia e Matemáticas. Doutorou-se em 1856 pela Faculdade de Medicina, defendendo a tese: "Diagnóstico do cancro". Candidatou-se ao quadro de membros titulares da Academia Imperial de Medicina com a memória "Algumas considerações sobre o cancro, encarado pelo lado do seu tratamento", sendo empossado em 1º de junho de 1857. Em 1858 foi nomeado "cirurgião-tenente". Também sendo, no período de 1859-61, redator dos "Anais Brasilienses de Medicina" da Academia Imperial de Medicina.

Casou-se com Maria Cândida de Lacerda, em 6 de novembro de 1858, que faleceu a 24 de março de 1863, deixando-lhe 2 filhos.

Em 1861 inicia sua carreira política, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro, tendo que demitir-se do Corpo de Saúde do Exército. Na Câmara Municipal da Corte desenvolveu grande trabalho em favor do "Município Neutro", na defesa dos humildes e necessitados. Foi reeleito para o período de 1864-1868. Retornou à política no período de 1873 à 1881, ocupando várias vezes as funções de presidente interino da Câmara Municipal da Corte, efetivando-se em julho de 1878, cargo que corresponderia ao de prefeito nos dias atuais, nunca obtendo favores do governo para as suas candidaturas. Foi eleito deputado geral do Rio de Janeiro de 1867, no entanto a Câmara foi dissolvida no ano seguinte e o Dr. Bezerra só exerceria o papel de deputado no período de 1878 à 1885, sem jamais ter contra ele qualquer ato que desabonasse sua vida pública.

Criou a Companhia de Estradas de Ferro Macaé a Campos, e construiu aquela ferrovia vencendo inúmeras dificuldades. Empenhou-se na construção da via férrea de Santo Antônio de Pádua, foi diretor da Companhia Arquitetônica e presidente da Carris Urbanos de São Cristóvão. Ao longo da vida acumulou inúmeros títulos de cidadania.

Durante a campanha abolicionista com espírito prudente e ponderado escreveu "A escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extinguí-la sem danos para a Nação". Expôs os problemas de sua terra, no estudo "Breves considerações sobre as secas do Norte". Escreveu ainda biografias sobre homens célebres. Foi redator de "A Reforma" órgão liberal na Corte, e redator do jornal "Sentinela da Liberdade", concluindo sua carreira política no ano 1885.

Conheceu o Espiritismo no ano 1875, através de um exemplar de O Livro dos Espíritos, oferecido pelo seu tradutor, Dr. Joaquim Carlos Travassos. Lançado em 1.883 o "Reformador", tornou-se seu colaborador escrevendo comentários judiciosos sobre o Catolicismo. No dia 16 de agosto de 1886, ante um auditório de pessoas da "melhor sociedade", proclamava solenemente a sua adesão ao Espiritismo, tendo inclusive direito à uma nota publicada pelo jornal "O Paiz" em tons elogiosos.

Passou então a escrever livros que se tornariam célebres no meio espírita. Em 1889, como presidente da FEB, iniciou o estudo metódico de "O Livro dos Espíritos". Traduziu o livro "Obras póstumas". Durante um período  do movimento espírita manteve-se afastado do meio tendo somente frequentado o Grupo Ismael no qual eram estudadas obras de Kardec, enquanto a FEB declinava por problemas financeiros. Foi convidado a assumir a presidência FEB, cuja conseqüência foi a vinculação da Federação ao Grupo Ismael e a Assistência aos necessitados. Nesta ocasião foi redator-chefe do Reformador. Defendeu o direitos e a liberdade dos espíritas contra certos artigos do Código Penal. Terminou esta existência no dia 11 de abril de 1900, depois de um período acamado, recebendo na primeira página de "O Paiz" um longo necrológico, chamando-lhe de "eminente brasileiro", e honras da Câmara Municipal da Corte pela conduta e pelos serviços dignos.

Seareiros do Mundo


Queridos irmãos, na paz de Jesus.

Somos viajantes percorrendo este mundo onde Deus nos permitiu encarnar múltiplas vezes em busca do progresso espiritual. Aqui reencarnamos diversas vezes para aprender espiritualidade e fazer o bem. Mas a maior parte de nosso tempo foi gasto sobrecarregando nossos Espíritos nas ações torpes que cometemos visando favorecer nosso egoísmo.

Vagamos entre o bem e o mal por milênios até atingir o tempo de compreender que somos Espíritos eternos em busca de Deus. Quando percebemos o papel que temos a desempenhar a face do mundo começamos a reencarnar para poder retirar os fluídos negativos que impregnamos, por milênios, nosso Espírito.

A nosso auxílio temos a força e a sabedoria que Deus nos provê para entender Jesus e saber que somos os Seus devedores e que temos que cumprir os Seus desígnios para nos elevarmos.

Hoje sabemos que somos Espíritos em evolução e estamos a cada dia buscando o aprendizado, tentando construir nosso futuro de paz, calcados em boas ações. Somos ainda criaturas imperfeitas peregrinando alhures em diversos campos e searas, rumo a Deus.

O que nos diferencia, muitas vezes, dos irmãos que se arrastam na retaguarda, ainda impregnados do dissídio e do mal, é que aprendemos a buscar Jesus todos os dias com o coração aberto e o espírito liberto, compreendendo que somente Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Jesus não é um ser de ficção, uma invencionice dos homens. Ele é o Senhor do mundo e está em contato permanente com todos os que trabalham em Sua messe. Nós O vemos no rosto das criaturas sofridas, desamparadas e tristes no momento em que estendemos a mão para auxiliar.

Todos os que já aprendemos a nos libertar das mazelas e das cadeias que nos prendiam às ocorrências iníquas e malévolas nos sentimos imensamente felizes quando temos a oportunidade de servir a nossos irmãos.

Por isso mantemos a corrente espiritual sempre preparada para o trabalho no bem, para a caridade e o amor ao próximo, e é por isso que Jesus nos concede a incumbência de cuidarmos de centenas de Centros Espíritas nas plagas brasileiras e no estrangeiro.

Nas Casas Espíritas conjugamos os esforços com nossos irmãos encarnados para que o trabalho de esclarecimento, auxílio e evolução prossigam com as bênçãos de Jesus.

O trabalho incessante é o galardão que Deus nos fornece para podermos nos dedicar cada vez mais a ensinar e aprender.

Todos os que lutamos por Jesus nos sentimos como Espíritos trabalhadores de Sua seara cobrindo todo o mundo.

Os Centros Espíritas através dos ensinos do Cristo emoldurados e renovados pelos Espíritos superiores por meio da codificação realizada por Allan Kardec cumprem, através do desenvolvimento da mediunidade, do estudo, das tarefas, da prática da caridade, da aprendizagem, do ensino, um trabalho de grande importância na renovação do ser humano.

Compreendemos que as Casas Espíritas têm a oportunidade de ensinar aos homens a glória imorredoura de Deus e de Jesus e mostrar que estamos no mundo para aprender, fazer, lutar e acontecer.

E todos nós, nessas lutas diárias, nos sentimos muito felizes e úteis ao podermos auxiliar aqueles que têm necessidades.

Sentimos-nos fortes o bastante para viajar até os lugares mais sombrios da Terra e dali retirar os Espíritos que estão em sofrimento. Quando isso ocorre é porque eles já têm a permissão de serem conduzidos às regiões de luz para que possam ser auxiliados e encaminhados na seara do bem e que num futuro próximo possam reencarnar para então seguirem como caminheiros de Jesus na luta pelo bem.

Nas dimensões onde trabalhamos, na espiritualidade, ficamos imensamente felizes quando conseguimos retirar dos caminhos do mal e do sofrimento os Espíritos que padecem. Os seareiros do Senhor rejubilam-se e fazem festa no céu quando conseguem modificar o destino dos que sofrem. É importante fazer com que se sintam bem e andem com Jesus.

Meus irmãos ouçam a voz de Deus e aprendam com Jesus!...

Façam tudo o que Ele ensinou para que o coração de cada Espírito possa ser puro, brilhante e tenha luz divina para que seja capaz de caminhar de braços dados com outros obreiros do bem pelo mundo.

Lutem para que possamos juntos angariar as luzes que vem de Deus e que sejamos os novos Espíritos e homens que haverão de regenerar e renovar as forças cósmicas do mundo.

Que sejamos fortes para não esmorecer ante as vicissitudes. Que sejamos os arautos da bonança a espalhar a fé, a esperança e a caridade a todos os recantos da Terra.


Bezerra de Menezes.

Mensagem psicofônica recebida pelo médium Luiz Marini no Centro Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, em sessão pública, em 23-06-2010.

quarta-feira

Em Louvor da Verdade


... relevai-nos a sugestão de trabalho, embora rogueis a luz sem esforço.

... o Espiritismo que indaga simplesmente deu lugar, há muito tempo, ao Espiritismo que estende os braços.

...atravessais verdadeira floresta, onde os caminhos de volta ao campo da Luz Divina parecem intransitáveis.

Pensamentos de egoísmo, de incompreensão, de discórdia, vaidade e orgulho se entrechocam, à maneira de projéteis invisíveis ao redor de vossa personalidade, e se faz imperiosa a coragem para os óbices multiplicados não nos vençam os labores recíprocos.

...efetivamente, a vossa procura é nobre e edificante. 
... bem-aventurados aqueles que demandam a verdade e que anseiam por passagem libertadora no rumo da claridade eterna!

...não comeceis o empreendimento da própria iluminação, ao modo de um homem que iniciasse a construção de uma casa pelo teto.

...soletrai, antes de tudo, o alfabeto da bondade.

Sem as primeiras letras do amor, nunca entenderemos o sagrado poema da vida.

... é indispensável abrir o coração, vaso destinado às sementes do Céu, convertendo-nos em instrumentos do bem ativo e incessante.

...não iluminaremos a mente sem purificar os olhos, tanto quanto ninguém alcança o discipulado do Senhor, sem mobilizar as mãos na obra redentora da terra.

...encetemos a reestruturação dos próprios destinos, compreendendo-nos mutuamente.

...que lição recolheremos na visita de benfeitores que residem à distância, se não aprendemos a fraternidade primária com o próximo?

...ouçamos a mensagem das necessidades que nos cercam.

Há dor e ignorância, treva e indiferença, na estrada em que pisais: estendamos, através dela, o nosso sentimento cristão, imitando o lavrador que não desampara a terra lodosa do charco.

...não esperemos o paraíso, quando ainda nem mesmo auxiliamos no trato do chão que operamos.

...espíritos endividados, perante a Bondade Divina que nos deu ouvidos para registrar os ensinamentos da vida, olhos para surpreender a luz, braços para erguer o castelo de nossa própria felicidade e recursos imensos para dilatarmos o nosso próprio engrandecimento espiritual, guardemos a fé, servindo e auxiliando, corrigindo a nós mesmos e amando a todos, em louvor da verdade.

...nossa vida é um campo aberto.

Nosso coração é uma fonte.

Cada um de nossos atos é mensagem viva.

Que nossa alma se afeiçoe ao bem supremo, sob a inspiração de Jesus, a fim de que o mundo se transforme em Seu Reino.

Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Vitória do Bem


“A vitória do bem é sempre o resultado final de qualquer cometimento. Mais vidas sempre são resgatadas pelo amor.

Prossigamos em nosso trabalho de libertação de consciências e de iluminação de vidas.”


Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Divaldo Franco

domingo

A Loucura sob Novo Prisma


"Levados pelo princípio, que julgam ser uma lei natural, de que toda a perturbação do estado fisiológico do ser humano procede invariavelmente de uma lesão orgânica, os homens da ciência têm, até hoje, como verdade incontroversa, que a alienação mental, conhecida pelo nome de - loucura -, é efeito de um estado patológico do cérebro, órgão do pensamento, para uns - glândula secretora do pensamento, para outros.

Nem os primeiros, nem os segundos explicam sua maneira de compreender a ação do cérebro, quer em relação à função, em geral, quer em relação à sua perturbação, no caso da loucura.

Neste ligeiro trabalho, proponho-me, além de mais, a preencher essa lacuna, demonstrando, com fatos de rigorosa observação: 1º, que o pensamento é pura função da alma ou espírito, e, portanto, que suas perturbações, em tese, não dependem de lesão do cérebro, pela razão de ser o cérebro instrumento das manifestações, dos produtos da faculdade pensante. [...]

2º, que a loucura, perfeitamente caracterizada, pode-se dar - e dá-se mesmo, em larga escala, sem a mínima lesão cerebral, o que prova que o cérebro não é órgão do pensamento [...].

3º, podendo ser, também, resultante da ação fluídica de Espíritos inimigos sobre a alma ou Espírito encarnado no corpo.

Em oposição à denominação de loucura científica, com que designei a que representa o primeiro caráter, designaria esta segunda espécie pela denominação de - loucura por obsessão, isto é, por ação fluídica de influências estranhas, inteligentes. [...]

Dividirei, pois, este livro em três partes.

Na 1ª, tratarei do pensamento em seu princípio causal e em suas manifestações.

Na 2ª, tratarei das relações do nosso espírito com os Espíritos livres do espaço; donde a loucura por obsessão.

Na 3ª, direi sobre a loucura, como caso patológico, determinando-lhe a causa - apreciando-lhe os sintomas - colhendo os elementos para seu diagnóstico diferencial - e prescrevendo os meios com que se deve tentar a cura do terrível mal."


segunda-feira

Tópicos da Prece


Elevemos o nosso coração, sempre que possível, ao Senhor e confiemos em Sua Infinita Bondade!
Na prece está a nossa força e no serviço do Bem o nosso refúgio!
Confiemos nosso pensamento à oração e nossos braços ao trabalho com Cristo Jesus.
E Jesus solucionará os nossos problemas com a bênção do tempo.
Paz e esperança ao coração! Cada noite, apesar do cansaço, não olvides alguns minutos com a oração, para que se nos refaçam as forças.
As tarefas seguem intensas, contudo, quanto possível, os Amigos Espirituais procuram amparar-nos as energias e acrescentá-las ainda mais.
Meus irmãos, muitos Amigos da Espiritualidade sustentam-nos as forças na travessia difícil das horas que passam.
Através da oração recolheremos, como sempre, a inspiração de que necessitamos na superação das lutas redentoras.
Guardemos a tranqüilidade mental!
Através da oração, as tarefas do lar são sustentadas com a bênção do Alto.
Receberemos, pela oração, o concurso espiritual, rogando a Jesus para que os nossos corações sejam fortificados no caminho de dor e luz em que nos encontramos.
Agradeçamos a Jesus as bênçãos de cada dia e confiemos na proteção divina, hoje e sempre!
Cada noite consagremos alguns momentos à oração, momentos esses de que se valerão os Amigos Espirituais que nos amparam, a fim de insuflar-nos novas forças para o desempenho de nossas tarefas.
Reanimemo-nos e guardemos o bom ânimo na certeza de que a fé viva em Deus é luz que nos auxilia a dissipar todas as sombras.
Jesus nos abençoe!
Roguemos a Ele, nosso Eterno Benfeitor, nos abençoe os planos de trabalho e renovação à frente do futuro. 

Dr. Bezerra de Menezes : Chico Xavier

domingo

PONDERAÇÃO


Diante do mal quantas vezes!...
Censuramos o próximo...
Desertamos do testemunho da paciência...
Criticamos sem pensar...
Abandonamos companheiros infelizes à própria sorte...
Esquecemos a solidariedade...
Fugimos ao dever de servir...
Abraçamos o azedume...
Queixamo-nos uns dos outros...
Perdemos tempo em lamentações...
Deixamos o campo das próprias obrigações...
Avinagramos o coração...
Desmandamo-nos na conduta...
Agravamos problemas...
Aumentamos o próprios débitos...
Complicamos situações...
Esquecemos a prece...
Desacreditamos a fraternidade...
E, às vezes, olvidamos até mesmo a fé viva em Deus...
Entretanto a fórmula da vitória sobre o mal ainda e sempre é aquela senha de Jesus: 
AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI!!...

Bezerra de Menezes//Chico Xavier

Paz a todos...

quarta-feira

Homenageado do dia


BEZERRA DE MENEZES 
-Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti-
*29/08/1831
 +11/04/1900

RESUMO BIOGRÁFICO:

O Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu no dia 29 de Agosto de 1831, em Riacho do Sangue, no Ceará, descendente de antiga família das primeiras que vieram do Sul povoar aquele Estado.

Em 1838, entrou para a escola pública da Vila do Frade. Diplomou-se, em 1856, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. No dia 6 de novembro de 1858, casou-se com Dª Maria Cândida de Lacerda, que faleceu em 24 de março de 1863, deixando-lhe dois filhos (em de 3 anos e um de 1 ano).

Conheceu o espiritismo em 1875 e, em 16 de Agosto de 1886, diante de um público extraordinário, proclamou a sua adesão ao Espiritismo.

A partir daí, toda sua existência foi totalmente dedicada à causa de Cristo, sendo considerado o médico dos pobres e o apóstolo da caridade devido à sua dedicação a causa de Cristo, pelo amor que dedicava ao próximo.

Foi vereador e deputado pelo Rio de Janeiro, além de presidente da FEB, Federação Espírita Brasileira, onde conseguiu aglutinar o movimento espírita.

Em 11 de abril de 1900, às onze horas e meia, desencarnava, no Rio de Janeiro, o Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, o inolvidável Apóstolo do Espiritismo no Brasil.

fonte:

Paz a todos...

domingo

ORAÇÃO


Senhor!

Os homens reúnem-se no mundo para pedir, reclamar, maldizer; legiões humanas devotadas à fé entregam-se para que as comandes; multidões sintonizam Contigo buscando servir-Te.

Permite-nos agora um espaço para a gratidão por estes dias de entendimento fraternal que vivemos na Casa que nos emprestastes para o planejamento das atividades evangélicas do futuro.

Como não estamos habituados a agradecer e louvar sem apresentar o rol das nossas súplicas permite-nos fazê-lo de forma diferente.

Quando quase todos pedem pelos infelizes, nós nos atreveremos a suplicar pelos infelicitadores; quando os corações suplicam em favor dos caídos, dos delinquentes, dos que se agridem, nós nos propomos a interferir em benefício dos que fomentam as quedas, os delitos e a violência; quando os pensamentos se voltam para interceder pelos esfaimados, os carentes, os desiludidos, nós nos encorajamos a formular nossas rogativas por aqueles que respondem por todos os erros que assolam a Terra, estabelecendo a miséria social, a falência moral e a derrocada nas rampas éticas do comportamento.

Não Te queremos pedir pelas vítimas de todos os matizes, senão, pelos seus algozes, os que entenebreceram os sentimentos, a consciência e a conduta, comprazendo-se, quais chacais sobre os cadáveres dos vencidos.

Tu que és o nosso Pastor e prometeste apoio a todas as ovelhas, tem misericórdia deles, os irmãos que se cegaram a si mesmos e, ensandecidos, ateiam as labaredas do ódio na Terra e fomentam as desgraças que dominam no Mundo.

Tu podes fazê-lo, Senhor, e é por isto que, em Te agradecendo todas as dádivas da paz que fruímos, não nos podemos esquecer desses que ardem nas labaredas cruéis da ignorância, alucinados pelos desequilíbrios que os tornam profundamente desditosos.

Retira dos nossos sentimentos de amor a cota melhor e canaliza-a para os irmãos enlouquecidos na volúpia do prazer, que enregelaram o coração longe dos sentimentos de humanidade e que terão que despertar, um dia, sob o látego da consciência que a ninguém poupa.

Porque já passamos, em épocas remotas, por estes caminhos, é que Te suplicamos por eles, os irmãos mais infelizes que desconhecem a própria desdita.

Quanto a nós, ensina-nos a não fruir de felicidade enquanto haja na Terra e na Pátria do Cruzeiro os que choram, os que se debatem nos desvãos da perturbação, e, consciente ou inconscientemente, Te negam a sabedoria, o amor e a condução de ternura como Pastor de nossas vidas.

Quando os Teus discípulos, aqui reunidos, encerramos esta etapa, damo-nos as mãos, e, emocionados, repetimos como os mártires do passado: - Ave Cristo! Em Tuas mãos depositamos nossas vidas, para que delas faças o que Te aprouver, sem nos consultar o que queremos, porque só Tu sabes o que é de melhor para nós.

Filhos da alma: que vos abençoe o Pai de Misericórdia e que Jesus permaneça conosco são os votos do servidor humílimo e paternal de sempre.

Divaldo Pereira Franco. Pelo Espírito Bezerra de Menezes. Psicofonia de Divaldo Pereira Franco, na manhã de 18.11.1990, no encerramento da reunião do Conselho Federativo Nacional, em Brasília, DF.
Paz a todos... 

segunda-feira

Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcante


Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti
*29/08/1831
+11/04/1900
Nascido na antiga Freguesia do Riacho do Sangue, hoje Solonópole, no Ceará, aos 29 dias do mês de agosto de 1831, e desencarnado no Rio de Janeiro, a 11 de abril de 1900.

Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, no ano de 1838, entrou para a escola pública da Vila do Frade, onde em dez meses apenas, preparou- se suficientemente até onde dava o saber do mestre que lhe dirigia a primeira fase de educação. Bem cedo revelou sua fulgurante inteligência, pois, aos onze anos de idade, iniciava o curso de Humanidades e, aos treze anos, conhecia tão bem o latim que ministrava, a seus companheiros, aulas dessa matéria, substituindo o professor da classe em seus impedimentos.

Seu pai, o capitão das antigas milícias e tenente- coronel da Guarda Nacional, Antônio Bezerra de Menezes, homem severo, de honestidade a toda prova e de ilibado caráter, tinha bens de fortuna em fazendas de criação. Com a política, e por efeito do seu bom coração, que o levou a dar abonos de favor a parentes e amigos, que o procuravam para explorar- lhe os sentimentos de caridade, comprometeu aquela fortuna.

Percebendo, porém, que seus débitos igualavam seus haveres, procurou os credores e lhes propôs entregar tudo o que possuía, o que era suficiente para integralizar a dívida. Os credores, todos seus amigos, recusaram a proposta, dizendo- lhe que pagasse como e quando quisesse.

O velho honrado insistiu; porém, não conseguiu demover os credores sobre essa resolução, por isso deliberou tornar- se mero administrador do que fora sua fortuna, não retirando dela senão o que fosse estritamente necessário para a manutenção da sua família, que assim passou da abastança às privações.

Animado do firme propósito de orientar- se pelo caráter íntegro de seu pai, Bezerra de Menezes, com minguada quantia que seus parentes lhe deram, e animado do propósito de sobrepujar todos os óbices, partiu para o Rio de Janeiro a fim de seguir a carreira que sua vocação lhe inspirava: a Medicina.
Em novembro de 1852, ingressou como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Doutorou- se em 1856 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, defendendo a tese "Diagnóstico do Cancro". Nessa altura abandonou o último patronímico, passando a assinar apenas Adolfo Bezerra de Menezes. A 27 de abril de 1857, candidatou-se ao quadro de membros titulares da Academia Imperial de Medicina, com a memória "Algumas Considerações sobre o Cancro encarado pelo lado do Tratamento".

O parecer foi lido pelo relator designado, Acadêmico José Pereira Rego, a 11 de maio de 1857, tendo a eleição se efetuado a 18 de maio do mesmo ano e a posse a 1.o. de junho. Em 1858 candidatou- se a uma vaga de lente substituto da Secção de Cirurgia da Faculdade de Medicina. Por intercessão do mestre Manoel Feliciano Pereira de Carvalho, então Cirurgião- Mor do Exército, Bezerra de Menezes foi nomeado seu assistente, no posto de Cirurgião- Tenente.

Eleito vereador municipal pelo Partido Liberal, em 1861, teve sua eleição impugnada pelo chefe conservador, Haddock Lobo, sob a alegação de ser médico militar. Objetivando servir o seu Partido, que necessitava dele a fim de obter maioria na Câmara, resolveu Bezerra de Menezes afastar- se do Exército. Em 1867 foi eleito Deputado Geral, tendo ainda figurado em lista tríplice para uma cadeira no Senado.

Quando político, levantou- se contra ele, a exemplo do que ocorre com todos os políticos honestos, uma torrente de injúrias que cobriu o seu nome de impropérios. Entretanto, a prova da pureza da sua alma deu- se quando, abandonando a vida pública, foi viver para os pobres, repartindo com os necessitados o pouco que possuía.

Corria sempre ao tugúrio do pobre, onde houvesse um mal a combater, levando ao aflito o conforto de sua palavra de bondade, o recurso da ciência de médico e o auxílio da sua bolsa minguada e generosa.

Desviado interinamente da atividade política e dedicando- se a empreendimentos empresariais, criou a Companhia de Estrada de Ferro Macaé a Campos, na então província do Rio de Janeiro. Depois, empenhou- se na construção da via férrea de S. Antônio de Pádua, etapa necessária ao seu desejo, não concretizado, de levá-la até o Rio Doce. Era um dos diretores da Companhia Arquitetônica que, em 1872, abriu o "Boulevard 28 de Setembro", no então bairro de Vila Isabel, cujo topônimo prestava homenagem à Princesa Isabel. Em 1875, era presidente da Companhia Carril de S. Cristóvão.

Retornando à política, foi eleito vereador em 1876, exercendo o mandato até 1880. Foi ainda presidente da Câmara e Deputado Geral pela Província do Rio de Janeiro, no ano de 1880.

O Dr. Carlos Travassos havia empreendido a primeira tradução das obras de Allan Kardec e levara a bom termo a versão portuguesa de "O Livro dos Espíritos". Logo que esse livro saiu do prelo levou um exemplar ao deputado Bezerra de Menezes, entregando- o com dedicatória. O episódio foi descrito do seguinte modo pelo futuro Médico dos Pobres: "Deu- mo na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem de bonde. Embarquei com o livro e, como não tinha distração para a longa viagem, disse comigo: ora, adeus! Não hei de ir para o inferno por ler isto... Depois, é ridículo confessar- me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi- me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!... Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no "O Livro dos Espíritos". Preocupei- me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença".
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Paz a todos...