MÃOS
Mãos de selvagem, fero, sanguinário,
Mãos da lufada em horas de tormentas,
Mãos que são garras curvas do usurário.
Mãos que decretam mortes violentas;
Mãos do ancião de corpo já precário.
Mãos que seduzem almas desatentas.
Mãos que desfiam contas do rosário,
Mãos que saneiam terras lutulentas:
Mãos que dão passes, fluidos à mancheias,
Mãos que abençoam, mãos que Amor enleia,
Mãos que trabalham finos camafeus;
Mãos que entretecem fios do pecado,
Mãos que libertam mãos do condenado,
Mãos, todas elas, sob a mão de Deus!
Domicio de Abreu
18.3.63.
Médium: Porto Carreiro Neto.
Fonte: Reformador – setembro, 1965
abçs,soninha
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