O dinheiro assume em nossa experiência variados aspectos.
Temo-lo em diversas modalidades, auxiliando ou prejudicando, iluminando ou denegrindo...
Encontramos o dinheiro-alegria que se transforma em alimento na boca das crianças desamparadas...
Dinheiro-tranqüilidade que consegue pacificar o coração desditoso do homem de bem, cujas mãos chagadas no dever cumprido não podem atender às exigências do lar...
Dinheiro-fraternidade que acende o estímulo de viver nos corações amarfanhados pelo infortúnio...
Dinheiro-luz que incentiva o estudo nobre, a fim de que o próximo se liberte das teias da ignorância...
Dinheiro-progresso que distribui as bênçãos do trabalho com milhares de pessoas, conjugadas no serviço da indústria e da educação...
Dinheiro-caridade que nutre as energias das mães sofredoras e protege o corpo engelhado de velhinhos sem esperança...
Mas vemos igualmente o dinheiro-usura, criando indiferença e crueldade naqueles que o entesouram...
Dinheiro-sofrimento, gerando amargura e tédio naqueles que o amontoam, à custa das lágrimas de seus irmãos...
Dinheiro-treva, envolvendo em nevoeiro de perturbações e de mágoas todos aqueles que o acumulam, ao preço da alheia infelicidade...
Dinheiro-remorso, estabelecendo aflição e pesar nas almas desprevenidas que o amealham nos espinheiros do crime...
Dinheiro-angústia, trazendo tempestade de pranto naqueles que o entravam, em deplorável cegueira, perante a necessidade dos semelhantes...
Dinheiro!... Dinheiro!...
Sim, é possível guardar o dinheiro que conduz ao Céu, entretanto, quase todas as criaturas não sabem construir com ele senão o inferno a que se arrojam, no dia em que a morte lhes abre o caminho da grande transição.
Roguemos ao Senhor nos auxilie a compreender os bens da vida e a movimentá-los, segundo os ditames do Seu Amor.
Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Comandos do Amor.
Ditado pelo Espírito Olívia.
Paz a todos...
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