sexta-feira

Sem Sombras


SEM SOMBRAS

Junto ao sepulcro onde a saudade chora
E onde o sonho das lágrimas termina,
Abre-se a porta da mansão divina
Entalhada em reflexos de aurora.


Não mais a noite; vive em tudo, agora,
A beleza profunda e peregrina,
Envolvida na luz esmeraldina
Da esperança que vibra e resplendora.


Sem as sombras das lutas desumanas,
A alma vitoriosa entoa hosanas,
Ébria de paz e de imortalidade.


Não lamenteis quem parta ao fim do dia,
Que a sepultura em cinza escura e fria
É a nova porta para a eternidade.


Lucindo Filho

Do livro Parnaso de Além-Túmulo
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

abçs,

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